sexta-feira, 12 de maio de 2017

A REVOLUÇÃO AMERICANA (BIBLIOGRAFIA)

OS CAMINHOS DA REVOLUÇÃO AMERICANA (BIBLIOGRAFIA)
 Bárbara Geromel Campanholo Helena Campos Visconti Tainá Martins As colônias inglesas na América do Norte gozavam até meados do século XVIII de significante autonomia e prosperidade. Esta situação de relativo conforto tinha suas raízes em um frouxo cumprimento, por parte dos colonos, das imposições metropolitanas tais como leis e tributos. Entretanto, fora viabilizada, sobretudo, por um desinteresse britânico de um controle efetivo. Tal atitude ficou conhecida como “negligencia salutar” justamente por ser conveniente ao florescimento colonial. Sob o controle de um governo omisso, desenvolveu-se uma sociedade ciente de sua liberdade e próspera tanto política quanto economicamente. A sociedade das 13 colônias era muito diversificada. Podemos falar em três grandes grupos étnicos e políticos que esboçam um quadro geral desta. Em primeiro lugar, a presença dos colonos europeus, em grande parte ingleses, mas também irlandeses, franceses, e outros, que muitas vezes iam para as colônias fugindo das guerras religiosas na Europa; em segundo lugar os negros, que no século XVIII chegaram a representar 20% da população das 13 colônias. A escravidão negra era mais presente nas colônias do sul, mas o racismo era institucionalizado em toda a América do Norte. Por último, a presença dos grupos indígenas principalmente no Oeste, perseguidos e confrontados em nome da dominação de suas terras. Os grupos indígenas não estavam necessariamente inseridos na sociedade colonial, mas sofriam com as consequências de sua expansão e acabaram envolvidos no conflito de independência ao se aliarem à coroa britânica. No plano político atuavam as Assembléias coloniais, órgão legislativo que permitia a discussão e deliberação dos assuntos internos. Mesmo que sujeitadas aos governadores nomeados pelo rei, estas viabilizaram o autogoverno das colônias decidindo sobre impostos e leis. Economicamente falando, o não cumprimento das Leis de Navegação, promulgadas em 1651 e que previam uma relação de exclusividade comercial entre colônia e metrópole, e a existência de contrabando, principalmente com as Antilhas, viabilizaram o desenvolvimento colonial. Ainda que a sociedade norteamericana fosse extremamente rural, despontavam centros urbanos com o crescimento de cidades e com elas de um comércio intercolonial acompanhado por uma produção manufatureira. O século XVIII foi marcado por uma série de conflitos que tinham por natureza a afirmação dos grandes impérios no cenário colonial. As aspirações inglesas esbarravam frequentemente nas de outras nações culminando em lutas armadas pelo controle de territórios como o da América do Norte. Dentre essas lutas destaca-se a guerra dos Sete Anos, também conhecida como guerra franco-índia (1754-1763), envolvendo França e Inglaterra. A existência de um conflito armado declarado a uma nação por outra se estende também às suas áreas coloniais, logo a guerra dos Sete Anos teria seus reflexos nas treze colônias britânicas, que além de serem o palco do conflito exigiram um esforço bélico por parte dos colonos. Saindo vitoriosa do confronto, a Grã-Bretanha encontrava-se, no entanto, com uma pesada dívida contraída pela guerra. Somavam-se a isso os elevados custos que a administração de um império, agora ampliado, implicava. Para reverter esse quadro deficitário seria necessária a elaboração de uma nova política colonial.

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